domingo, 30 de dezembro de 2018
sexta-feira, 28 de dezembro de 2018
2019 - ANO NOVO - VIDA NOVA!
CINCO SÃO OS DIAS, para para que saudemos o Senhor 2019. Vai ser ano de alguma agitação. SORTE, SAÚDE e bem ESTAR para TODOS.
Como estou numa de CINCO LETRAS...VOTEM bem!
QUE 2019 E SEGUINTES. SEJAM OS MELHORES ANOS DAS VOSSAS VIDAS-
NUM ABRAÇO FRATERNO com MUITA AMIZADE, DESEJO A TODOS UM FUTURO COM SAÚDE, FELICIDADE E ESPERANÇA, ATÉ PARA O ANO !!!
E VÃO UMAS PALAVRITAS
CINCO letras, cinco dedos
Tal qual os DEDOS da mão
E CINCO são os sentidos,
Diz-nos a voz da RAZÂO.
Haja SAÚDE para todos,
Ser FELIZ e ter esperança
E que, também, o novo ano
E que, também, o novo ano
Vos traga AMOR e abastança.
Para ti, querido(a) AMIGO (a)
Neste ano que cai de VELHO
Num FORTE ABRAÇO sentido
Te mando CRAVO vermelho
Neste CANTO de fim de ano
Penso eu,MAIS AGRADADO
Que a GERIGONÇA PARIU
UM PORTUGAL ESPERANÇADO.
Penso eu,MAIS AGRADADO
Que a GERIGONÇA PARIU
UM PORTUGAL ESPERANÇADO.
Mas ATENÇÃO que o projecto.
Ainda não está terminado.
ARFER
terça-feira, 18 de dezembro de 2018
NATAL
UM BOM E FELIZ NATAL PARA TODOS e NÃO DEIXEM DE SONHAR PORQUE O FUTURO SERÁ O PRODUTO DO NOSSO QUERER E FAZER ... HAJA ESPERANÇA.
UM ABRAÇO PARA TODOS.
N A T A L
Nada melhor do que ter
AMOR, PÃO e AMIZADE
Também é bom não esquecer
Aqueles que neste MUNDO
Lutam pela igualdade.
UM ABRAÇO PARA TODOS.
N A T A L
Nada melhor do que ter
AMOR, PÃO e AMIZADE
Também é bom não esquecer
Aqueles que neste MUNDO
Lutam pela igualdade.
Sendo assim, que este NATAL
Nos sirva de reflexão
Sobre a tristeza que assola
As muitas casas sem PÃO
E os meninos sem ESCOLA.
SES:
Se acham bem o que digo
Se certos e do meu lado
Levem a quem não consigo
O que vai neste "RECADO".
Se ao nascer há IGUALDADE
Se na morte é tal e qual,
Porque é que durante a vida
Não há "espírito" de NATAL.
ARFER
Nos sirva de reflexão
Sobre a tristeza que assola
As muitas casas sem PÃO
E os meninos sem ESCOLA.
SES:
Se acham bem o que digo
Se certos e do meu lado
Levem a quem não consigo
O que vai neste "RECADO".
Se ao nascer há IGUALDADE
Se na morte é tal e qual,
Porque é que durante a vida
Não há "espírito" de NATAL.
ARFER
domingo, 18 de novembro de 2018
MOLIERE E VIVA O TEATRO!
Falemos de TEATRO. ** MOLIERE
Jean Baptiste Poquelin, conhecido como MOLIERE, nasceu em Paris no ano de 1622 e faleceu (com 51 anos) na cidade onde nasceu em 1673.
Há 359 anos num dia 18 de Novembro. Aconteceu!Jean Baptiste Poquelin, conhecido como MOLIERE, nasceu em Paris no ano de 1622 e faleceu (com 51 anos) na cidade onde nasceu em 1673.
Em 1658 MOLIERE . Estabelece-se definitivamente no teatro do Petit-Bourbon, onde, a 18 de Novembro de 1659, faz
a estreia da sua peça “Les Précieuses ridicules” ("As Preciosas
Ridículas") - uma das suas “Obras primas” que não era mais que a primeira
incursão do autor na crítica dos maneirismos e modos afectados que então eram
comuns em França e considerados "distintos". A peça foi inicialmente
proibida, mas pouco depois recebeu autorização para ser posta em cena. O estilo
e conteúdo deste seu primeiro sucesso relativo tornou-se rapidamente no centro
de uma vasta controvérsia literária.
ARFER
LEMBREI-O NESTES VERSOS:
PALAVRAS DITAS (2012)
Sentou-se e, em voz pausada, disse:
Sou do Teatro, herdeiro de Moliere
E num gesto largo, pleno de brejeirice,
Arrematou : … falta-me um compere!
O meu palco é o chão que piso,
É nele que represento dia-a-dia,
Guardando a tristeza, mostrando um sorriso,
Como luz de esperança, na tarde sombria.
Às três pancadas, corre o pano.
Estamos no palco …é o 1º ato.
Parecemos felizes … puro engano.
O que corre nas almas, não está no retrato.
Vós, sentados no balcão e na plateia,
Atentos, expectantes na espera, com esperança
Nos sonhos e ditos que a gente semeia.
Ontem, hoje, amanhã, futuro incerto …
No seio de multidões ou no deserto.
A tentação se ser o outro é evidente,
Troca-se o passado e o futuro pelo presente.
Depois logo se vê … diz o ator
É preciso, sim, viver intensamente
Com amizade, fé e muito amor.
Porém, na passerelle do governo
A “música” que nos dão é bem diferente,
Pior que o purgatório e o inferno,
Numa prosa carregada de mentira.
Com ar circunspecto, fala o ministro.
Sendo a “voz do dono” e com ar sinistro,
Representa o papel que lhe é dado.
Porém, se da plateia ou do balcão
Acontece, a certa altura, o pateado,
Retira-se o ator, há nova encenação.
Por instantes se pensa que tudo foi mudado.
Mas não .. A “voz do dono, perante tal pretexto,
Apresenta outro ator, com novo texto.
É ASSIM QUE O “VOTANTE “ É ENGANADO!
ARFER
LEMBREI-O NESTES VERSOS:
PALAVRAS DITAS (2012)
Sentou-se e, em voz pausada, disse:
Sou do Teatro, herdeiro de Moliere
E num gesto largo, pleno de brejeirice,
Arrematou : … falta-me um compere!
O meu palco é o chão que piso,
É nele que represento dia-a-dia,
Guardando a tristeza, mostrando um sorriso,
Como luz de esperança, na tarde sombria.
Às três pancadas, corre o pano.
Estamos no palco …é o 1º ato.
Parecemos felizes … puro engano.
O que corre nas almas, não está no retrato.
Vós, sentados no balcão e na plateia,
Atentos, expectantes na espera, com esperança
Nos sonhos e ditos que a gente semeia.
Ontem, hoje, amanhã, futuro incerto …
No seio de multidões ou no deserto.
A tentação se ser o outro é evidente,
Troca-se o passado e o futuro pelo presente.
Depois logo se vê … diz o ator
É preciso, sim, viver intensamente
Com amizade, fé e muito amor.
Porém, na passerelle do governo
A “música” que nos dão é bem diferente,
Pior que o purgatório e o inferno,
Numa prosa carregada de mentira.
Com ar circunspecto, fala o ministro.
Sendo a “voz do dono” e com ar sinistro,
Representa o papel que lhe é dado.
Porém, se da plateia ou do balcão
Acontece, a certa altura, o pateado,
Retira-se o ator, há nova encenação.
Por instantes se pensa que tudo foi mudado.
Mas não .. A “voz do dono, perante tal pretexto,
Apresenta outro ator, com novo texto.
É ASSIM QUE O “VOTANTE “ É ENGANADO!
ARFER
sexta-feira, 16 de novembro de 2018
CONFERÊNCIA DE BERLIM
CONFERÊNCIA DE BERLIM
Em causa, estavam a posse e a busca de matérias-primas para as potências emergentes da Revolução Industrial do SÉCULO DEZANOVE. Entre outros aspectos, em cima da mesa estava também o célebre "Mapa Cor-de- Rosa", defendido por Portugal e mais tarde (1890) foi vilmente desrespeitado pelo "aliado", então presente na Conferência (Grã- Bretanha) e daí "nasceu o que é hoje o HINO DE PORTUGAL , a que mais tarde, mudaram uma palavra (no derradeiro verso) BRETÕES por canhões. PIM.
ARFER
quinta-feira, 1 de novembro de 2018
TERRAMOTO DE 1755
O
TERRAMOTO! – AS IMAGENS !
Estava
Sebastião José de Carvalho e Melo empenhado em transformar Portugal, quando
pelas 09H00 da manhã do dia1 de Novembro de 1755, “DIA DE TODOS OS SANTOS” um
violento Terramoto atinge todo o Sul da Península Ibérica, seguido um Maremoto.
A TERRA tremeu, LISBOA caiu com estrondo
com os fortes abalos. Depois incendiada pelas velas acesas em louvor aos santos e por fim invadida por ondas
gigantes, de mais de 20 metros, produzidas pelo maremoto. Diziam, então, os que
evocavam os SANTOS, que foi castigo
divino para o governo de então. Nada disso, o acontecimento ecoou por toda a
Europa. No dia seguinte (2 de Novembro de 1755) Já o enérgico alfacinha, nado e
batizado na Freguesia das Mercês, mobiliza o Exército e a polícia, manda
"tratar" da "saúde" à bandidagem que pilhava na cidade
destroçada e trata de iniciar o processo de reconstrução de Lisboa. Eugénio dos
Santos e Manuel da Maia, tiveram o privilégio de traçar a planta da nova
Cidade. Esta atitude, perante a tragédia, teve um impacto político e sócio
económico que elevou o GOVERNO de então, a exemplo de toda a Europa (repito) .
LISBOA ressurgiu das cinzas, o que hoje (SEC XXI) ainda, nos é permitido
admirar.
No último quartel do SEC XVIII, foi “fenómeno” intensamente abordado e
inspirador da Filosofia ILUMINISTA de que lembro a figura de VOLTAIRE.
ARFER
domingo, 28 de outubro de 2018
segunda-feira, 22 de outubro de 2018
BERTOLT BRECHT
De Bertolt Brecht
“SE OS TUBARÕES FOSSEM HOMENS”
Se os tubarões fossem homens, perguntou a filha da sua
senhoria ao Senhor K., eles seriam mais amáveis com os peixinhos?
Certamente, disse ele.
Se os tubarões fossem homens, construiriam no mar grandes gaiolas para os peixes pequenos com todo tipo de alimento, tanto animal como vegetal. Cuidariam para que as gaiolas tivessem sempre água fresca, e tomariam toda espécie de medidas sanitárias.
Se, por exemplo, um peixinho ferisse a barbatana, então lhe fariam imediatamente um curativo, para que ele não morresse antes do tempo. Para que os peixinhos não ficassem melancólicos, haveria grandes festas aquáticas de vez em quando, pois os peixinhos alegres têm melhor sabor do que os tristes.
Naturalmente, haveria também escolas nas gaiolas. Nessas escolas, os peixinhos aprenderiam como nadar para as goelas dos tubarões. Precisariam saber geografia, por exemplo, para localizar os grandes tubarões que vagueiam descansadamente pelo mar.
O mais importante seria, naturalmente, a formação moral dos peixinhos. Eles seriam informados de que nada existe de mais belo e mais sublime do que um peixinho que se sacrifica contente, e que todos deveriam crer nos tubarões, sobretudo quando dissessem que cuidam de sua felicidade futura.
Os peixinhos saberiam que esse futuro só estaria assegurado se estudassem docilmente. Acima de tudo, os peixinhos deveriam evitar toda inclinação baixa, materialista, egoísta e marxista, e avisar imediatamente os tubarões, se um dentre eles mostrasse tais tendências. Se os tubarões fossem homens, naturalmente fariam guerras entre si, para conquistar gaiolas e peixinhos estrangeiros. Nessas guerras eles fariam lutar os seus peixinhos, e lhes ensinariam que há uma enorme diferença entre eles e os peixinhos dos outros tubarões.
Os peixinhos – eles iriam proclamar – são notoriamente mudos, mas silenciam em línguas diferentes, e por isso não podem se entender. Cada peixinho que na guerra matasse alguns outros, inimigos, que silenciam em outra língua, seria condecorado com uma pequena medalha de sargaço e receberia o título de herói.
Se os tubarões fossem homens, naturalmente haveria também arte entre eles. Haveria belos quadros, representando os dentes dos tubarões em cores soberbas, e suas goelas como jardins onde se brinca deliciosamente. Os teatros do fundo do mar mostrariam valorosos peixinhos nadando com entusiasmo para as gargantas dos tubarões, e a música seria tão bela, que a seus acordes todos os peixinhos, com a orquestra na frente, sonhando, embalados nos pensamentos mais doces, se precipitariam nas gargantas dos tubarões.
Também não faltaria uma religião, se os tubarões fossem homens. Ela ensinaria que a verdadeira vida dos peixinhos começa apenas na barriga dos tubarões. Além disso, se os tubarões fossem homens também acabaria a idéia de que os peixinhos são iguais entre si. Alguns deles se tornariam funcionários e seriam colocados acima dos outros. Aqueles ligeiramente maiores poderiam inclusive comer os menores. Isto seria agradável para os tubarões, pois eles teriam, com maior freqüência, bocados maiores para comer. E os peixinhos maiores, detentores de cargos, cuidariam da ordem entre os peixinhos, tornando-se professores, oficiais, construtores de gaiolas, etc.
Em suma, haveria uma civilização no mar, se os tubarões fossem homens.
Bertolt Brecht (1898-1956) reuniu na obra Histórias do
Senhor Keuner, em 1932, parábolas escritas com humor e ironia, satirizando o
comportamento da sociedade.Certamente, disse ele.
Se os tubarões fossem homens, construiriam no mar grandes gaiolas para os peixes pequenos com todo tipo de alimento, tanto animal como vegetal. Cuidariam para que as gaiolas tivessem sempre água fresca, e tomariam toda espécie de medidas sanitárias.
Se, por exemplo, um peixinho ferisse a barbatana, então lhe fariam imediatamente um curativo, para que ele não morresse antes do tempo. Para que os peixinhos não ficassem melancólicos, haveria grandes festas aquáticas de vez em quando, pois os peixinhos alegres têm melhor sabor do que os tristes.
Naturalmente, haveria também escolas nas gaiolas. Nessas escolas, os peixinhos aprenderiam como nadar para as goelas dos tubarões. Precisariam saber geografia, por exemplo, para localizar os grandes tubarões que vagueiam descansadamente pelo mar.
O mais importante seria, naturalmente, a formação moral dos peixinhos. Eles seriam informados de que nada existe de mais belo e mais sublime do que um peixinho que se sacrifica contente, e que todos deveriam crer nos tubarões, sobretudo quando dissessem que cuidam de sua felicidade futura.
Os peixinhos saberiam que esse futuro só estaria assegurado se estudassem docilmente. Acima de tudo, os peixinhos deveriam evitar toda inclinação baixa, materialista, egoísta e marxista, e avisar imediatamente os tubarões, se um dentre eles mostrasse tais tendências. Se os tubarões fossem homens, naturalmente fariam guerras entre si, para conquistar gaiolas e peixinhos estrangeiros. Nessas guerras eles fariam lutar os seus peixinhos, e lhes ensinariam que há uma enorme diferença entre eles e os peixinhos dos outros tubarões.
Os peixinhos – eles iriam proclamar – são notoriamente mudos, mas silenciam em línguas diferentes, e por isso não podem se entender. Cada peixinho que na guerra matasse alguns outros, inimigos, que silenciam em outra língua, seria condecorado com uma pequena medalha de sargaço e receberia o título de herói.
Se os tubarões fossem homens, naturalmente haveria também arte entre eles. Haveria belos quadros, representando os dentes dos tubarões em cores soberbas, e suas goelas como jardins onde se brinca deliciosamente. Os teatros do fundo do mar mostrariam valorosos peixinhos nadando com entusiasmo para as gargantas dos tubarões, e a música seria tão bela, que a seus acordes todos os peixinhos, com a orquestra na frente, sonhando, embalados nos pensamentos mais doces, se precipitariam nas gargantas dos tubarões.
Também não faltaria uma religião, se os tubarões fossem homens. Ela ensinaria que a verdadeira vida dos peixinhos começa apenas na barriga dos tubarões. Além disso, se os tubarões fossem homens também acabaria a idéia de que os peixinhos são iguais entre si. Alguns deles se tornariam funcionários e seriam colocados acima dos outros. Aqueles ligeiramente maiores poderiam inclusive comer os menores. Isto seria agradável para os tubarões, pois eles teriam, com maior freqüência, bocados maiores para comer. E os peixinhos maiores, detentores de cargos, cuidariam da ordem entre os peixinhos, tornando-se professores, oficiais, construtores de gaiolas, etc.
Em suma, haveria uma civilização no mar, se os tubarões fossem homens.
domingo, 21 de outubro de 2018
MAÇÃ ~DIA MUNDIAL
21 de Outubro - Dia da Maçã
Nos versículos escritos em
“tabletes” de argila, na antiga SUMÉRIA,
consta que a “dita”, por ser tão chamativa e apetitosa, deu origem ao pecado
original, que deu azo à procriação compulsiva.PIM!
E agora, o PORQUÊ da coisa:
O Dia da Maçã, foi instituído
pela Associação Common Ground, em 1990, a 21 de Outubro, uma iniciativa para
promover o consumo desta fruta e dar a conhecer as suas propriedades
medicinais.
Contem pectina, fibra solúvel
com boas propriedades digestivas.
Limpa o organismo de
resíduos. É útil em casos de artrites, reumatismo e gota.
Comida crua, limpa,
desinfecta a boca e fortalece as gengivas.
Controla o nível de açúcar no
sangue e o colesterol LDL (colesterol mau). È recomendada para os diabéticos.
85% da sua composição é agua,
sendo uma excelente fonte de hidratação e muito adequada para dietas de
emagrecimento. Mais Sobre as propriedades da maçã
ARFER
segunda-feira, 8 de outubro de 2018
JOSÉ SARAMAGO - PRÉMIO NOBEL
MEMÓRIAS:
8 DE OUTUBRO DE 1998
José
Saramago recebeu, em Estocolmo
(Suécia), o Nobel da Literatura, tornando-se o primeiro escritor de língua
portuguesa a ser distinguido com este prémio.
EM SUA MEMÓRIA:
PALAVRAS DITAS (Moita -2012)
A DANÇA É como a VIDA
Neste palco do MUNDO
Em que todos somos atores.
Na dança dos sonhos
Só se erguem HOMENS de sonho,
Na lucidez da sua cegueira,
Na dureza do seu caráter,
Nas palavras do seu Evangelho.
E na corrente, limpidez da sua PALAVRA
Carregada de sabedoria
Levar-nos-ia na “Jangada de Pedra”
Comandada por bom timoneiro
Ao encontro da “Ilha dos Sonhos”
Onde todos os homens e mulheres
Seriam livres e “Levantados do Chão”.
Nessa sua “Ilha desconhecida”
Em que múltiplas gentes
De todos os continentes,
Numa sinfonia multicultural,
Fariam dela a sua PÁTRIA.
Nela honrariam a língua que os unia
Numa dança e num canto de louvor à LIBERDADE.
Por ela derramariam o seu “sangue”,
Pela igualdade no direito e no dever.
No sonho que nele habita
Dessa tal “Ilha encantada«
Em que o SER dignifica E o TER não lhe diz nada
ARFER - 2010
A DANÇA É como a VIDA
Neste palco do MUNDO
Em que todos somos atores.
Na dança dos sonhos
Só se erguem HOMENS de sonho,
Na lucidez da sua cegueira,
Na dureza do seu caráter,
Nas palavras do seu Evangelho.
E na corrente, limpidez da sua PALAVRA
Carregada de sabedoria
Levar-nos-ia na “Jangada de Pedra”
Comandada por bom timoneiro
Ao encontro da “Ilha dos Sonhos”
Onde todos os homens e mulheres
Seriam livres e “Levantados do Chão”.
Nessa sua “Ilha desconhecida”
Em que múltiplas gentes
De todos os continentes,
Numa sinfonia multicultural,
Fariam dela a sua PÁTRIA.
Nela honrariam a língua que os unia
Numa dança e num canto de louvor à LIBERDADE.
Por ela derramariam o seu “sangue”,
Pela igualdade no direito e no dever.
No sonho que nele habita
Dessa tal “Ilha encantada«
Em que o SER dignifica E o TER não lhe diz nada
ARFER - 2010
quinta-feira, 4 de outubro de 2018
1910 A IMPLANTAÇÃO REPÚBLICA EM PORTUGAL
E ASSIM FOI O DIA 5 DE OUTUBRO DE 1910
A
REVOLUÇÃO REPUBLICANA
A Revolução Republicana foi há 108 anos. No verão do ano de 1910 os boatos já corriam
a cidade, era um aviso de que a revolução era eminente. Foi de facto uma
revolução, a implantação veio depois, a sequência factual das acções
desenvolvidas, assim o comprovam. A acção conjunta do povo e das forças
militares, tal como tinha acontecido na fundação da 2ª dinastia e recentemente
na revolução de ABRIL de 1974, foi fundamental para o êxito desta revolução,
mas vamos aos factos que comprovam esta afirmação. A revolta republicana já era
prevista no contexto da instabilidade política e social existente. A 3 de
Outubro o chefe do governo Teixeira de Sousa deu ordem para que todas as tropas
da guarnição da cidade de Lisboa (cerca de 7000 homens ) entrasse de prevenção.
Porém, cerca de metade desses efectivos estava destacado em funções de
policiamento e repressão no BARREIRO, onde as greves e consequente agitação
social se verificava desde o mês de Setembro e, assim, ficaram impedidas de
reforçar as forças leais ao rei, situadas na margem norte do Tejo (grande
factor influente para o êxito da revolução republicana). No dia 3 de Outubro, a
informação de que os navios da marinha de guerra iriam sair a barra e o assassinato
de Miguel Bombarda, precipitariam a data da acção. O Almirante Cândido dos Reis
(carbonário) chefe militar da sublevação prevista, suicida-se na madrugada de 4
de Outubro, julgando que a revolução tinha falhado. A notícia chega à “Rotunda”
cerca das sete horas da manhã, desmoralizados, oficiais vestem-se à civil e
abandonam o local, porém o Tenente da Marinha MACHADO SANTOS, também ele carbonário (Maçon) decide
continuar e resistir. O duelo de artilharia entre a “Rotunda” (dos
republicanos) os “Restauradores” e o
jardim do “Torel” (dos monárquicos) comandados por Paiva Couceiro, era
continuado, com baixas para ambos os lados. Às 16h00 do dia 4, os canhões da
monarquia calam-se. Paiva Couceiro recebe uma ordem do general António
Carvalhal (seu superior) para retirar para “Sete-Rios”.
Não por incompetência do general, como se veio a verificar posteriormente, com
a sua nomeação para chefe da Divisão Militar, pelo Governo da República. Os
reforços da província nunca chegaram porque, a “gente – povo – todo o dia”
bloqueara as estradas e dinamitara a via-férrea e, a marchar, os reforços nunca
chegariam a tempo à capital. Da margem sul, também era impossível a chegada de
reforços, já que os navios (“S. Rafael”, “Adamastor” e “D. Carlos I”) estavam
na mão dos revoltosos, comandados por oficiais subalternos, tal como na
“Rotunda”. No dia 5, o povo que enchia as ruas laterais à “Rotunda”, junta-se
às forças revolucionárias, gritando vivas à República. Machado Santos sentindo
o maciço apoio popular que, desmoraliza e confunde as forças do regime, sentiu
a revolução ganha e decide entregar o comando da revolução ao General António
Carvalhal. Poucas horas depois era proclamada a República por José Relvas, na
varanda dos Paços do Concelho, na Praça do Município e logo após é nomeado um
governo provisório. Encontram semelhanças??? A diferença está entre as balas de
canhão, o desperdício de vidas e os cravos de MAIO, de resto é em tudo
semelhante. Militares e povo anónimo, oficiais subalternos e um ou outro
general. Não esquecendo o contributo do Barreiro para o êxito da revolução. VIVA
A REPÚBLICA ! - VIVA O BARREIRO!
ARFER
domingo, 19 de agosto de 2018
quinta-feira, 26 de julho de 2018
terça-feira, 24 de julho de 2018
PALAVRAS DITAS - ARFERLANDIA
PALAVRAS DITAS
Sentou-se e, em voz pausada, disse:
-Sou do Teatro, herdeiro de Moliére
E num gesto largo, pleno de brejeirice,
Arrematou : … falta-me um compére!
O meu palco é o chão que piso,
É nele que represento dia-a-dia,Guardando a tristeza, mostrando um sorriso,
Como luz de esperança, na tarde sombria.
Às treze pancadas, corre o pano.
Estamos no palco …é o 1º ato.
Parecemos felizes … puro engano.
O que corre nas almas, não está no retrato.
Vós, sentados no balcão e na plateia,
Atentos, expectantes na espera, com esperança
Nos sonhos e ditos que a gente semeia.
Ontem, hoje, amanhã, futuro incerto …
No seio de multidões ou no deserto.
A tentação se ser o outro é evidente,
Troca-se o passado e o futuro pelo presente.
Depois logo se vê … diz o ator
É preciso, sim, viver intensamente
Com amizade, fé e muito amor.
Porém, na passerelle do governo
A "música" que nos dão é bem diferente,
Pior que o purgatório e o inferno,
Numa prosa carregada de mentira.
E quando palra a pega e o papagaio, fala o ministro,
Sendo a "voz do dono" e com ar sinistro,Representa o papel que lhe é dado.
Porém, se da plateia ou do balcãoAcontece, a certa altura, o pateado,
Retira-se o ator, há nova encenação.Por instantes se pensa que tudo foi mudado.Mas não! … A "voz do dono, perante tal pretexto
Apresenta outro ator, com novo texto.
É ASSIM QUE O "VOTANTE" É ENGANADO!
ARFER
segunda-feira, 23 de julho de 2018
domingo, 1 de julho de 2018
domingo, 17 de junho de 2018
JOSÉ SARAMAGO - PARA QUE NÃO FALHE A MEMÓRIA!
PARA QUE AS MEMÓRIAS FLORESÇAM
O HOMEM E A PALAVRA - OITO ANOS DEPOIS
"Conheces
o nome que deram, não conheces o nome que tens". "Livro das
Evidências" in "Todos os Nomes"
MORREU JOSÉ SARAMAGO Mas ficará sempre entre nós,
O comunista convicto, HOMEM do POVO Que tudo fez e desde sempre lutou
Para ver o seu Portugal, um país novo. Gostava de CAMÕES e dos poetas da
Liberdade, Amado por muitos, ostracizado por alguns Nunca baixou a guarda na defesa da Verdade. Aqueles que desdenharam o seu valor,
apresentam, hoje, sentidos pêsames vazios de sentimento. O HOMEM DA “Jangada de
Pedra” que uniu os povos das margens do grande Oceano, respirou hoje pela
última vez e, decerto, a sua última vontade foi a de seguirmos o seu ideal. O
MUNDO FICOU MAIS POBRE. Em vez de ADEUS, um ATÉ JÁ !!!
ARFER
PALAVRAS DITAS (Moita -2012)
A DANÇA É VIDA
Neste palco do MUNDO
Em que todos somos atores.
Na dança dos sonhos
Só se erguem HOMENS de sonho,
Na lucidez da sua cegueira,
Na dureza do seu caráter,
Nas palavras do seu Evangelho.
E na corrente da limpidez da sua PALAVRA
Carregada de sabedoria
Levar-nos-ia na “Jangada de Pedra”
Comandada por bom timoneiro
Ao encontro da “Ilha dos Sonhos”
Onde todos os homens e mulheres
Seriam livres e “Levantados do Chão”.
Nessa sua “Ilha desconhecida”
Em que múltiplas gentes
De todos os continentes,
Numa sinfonia multicultural,
Fariam dela a sua PÁTRIA.
Nela honrariam a língua que os unia
Numa dança e num canto de louvor à LIBERDADE.
Por ela derramariam o seu “sangue”,
Pela igualdade no direito e no dever.
No sonho que nele habita
Dessa tal “Ilha encantada«
Em que o SER dignifica
E o TER não lhe diz nada
ARFER - 2010
E o HOMEM disse:-
“ … Negar a minha Pátria é como rejeitar o meu próprio sangue…”
E o HOMEM interroga:
“ … Como é que se pode não pertencer á língua que se aprendeu,
A língua com que se comunica, neste caso a língua com que
se escreve?? …”
A DANÇA É VIDA
Neste palco do MUNDO
Em que todos somos atores.
Na dança dos sonhos
Só se erguem HOMENS de sonho,
Na lucidez da sua cegueira,
Na dureza do seu caráter,
Nas palavras do seu Evangelho.
E na corrente da limpidez da sua PALAVRA
Carregada de sabedoria
Levar-nos-ia na “Jangada de Pedra”
Comandada por bom timoneiro
Ao encontro da “Ilha dos Sonhos”
Onde todos os homens e mulheres
Seriam livres e “Levantados do Chão”.
Nessa sua “Ilha desconhecida”
Em que múltiplas gentes
De todos os continentes,
Numa sinfonia multicultural,
Fariam dela a sua PÁTRIA.
Nela honrariam a língua que os unia
Numa dança e num canto de louvor à LIBERDADE.
Por ela derramariam o seu “sangue”,
Pela igualdade no direito e no dever.
No sonho que nele habita
Dessa tal “Ilha encantada«
Em que o SER dignifica
E o TER não lhe diz nada
ARFER - 2010
E o HOMEM disse:-
“ … Negar a minha Pátria é como rejeitar o meu próprio sangue…”
E o HOMEM interroga:
“ … Como é que se pode não pertencer á língua que se aprendeu,
A língua com que se comunica, neste caso a língua com que
se escreve?? …”
"Livro das Evidências" in "Todos os
Nomes"
terça-feira, 12 de junho de 2018
LISBOA - MARCHAS POPULARES
MARCHAS DITAS POPULARES DE LISBOA … A BANDA PASSA
…QUEM LEMBRA A DESGRAÇA?
VAMOS VER SE DÁ EM GRAÇA!
O espetáculo
JUNINO, mas não genuíno, repete-se cada vez mais sofisticado. Oitenta
e quatro anos depois, marchantes, padrinhos, arcos e balões desfilarão (em
liberdade) na AVENIDA da LIBERDADE. Segundo informação veiculada, o grande
desfile, a 12 de junho, terá a
seguinte alinhamento:
Marcha da
Voz do Operário
Marcha dos Mercados
Marcha da Santa Casa
1 - Marcha de S.Vicente
2 - Marcha de Alfama
3 - Marcha dos Olivais
4 - Marcha de Marvila
5 - Marcha da Ajuda
6 - Marcha do Lumiar
7 - Marcha de São Domingos de Benfica
8 - Marcha de Alcântara
9 - Marcha do Bairro Alto
10 - Marcha de Belém
11 - Marcha da Boavista
12 - Marcha da Madragoa
13 - Marcha da Mouraria
14 - Marcha da Bica
15 - Marcha da Graça
16 - Marcha da Bela-Flor Campolide
17 - Marcha de Carnide
18 - Marcha do Castelo
19 - Marcha da Penha de França
20 - Marcha de Campo de Ourique
Marcha dos Mercados
Marcha da Santa Casa
1 - Marcha de S.Vicente
2 - Marcha de Alfama
3 - Marcha dos Olivais
4 - Marcha de Marvila
5 - Marcha da Ajuda
6 - Marcha do Lumiar
7 - Marcha de São Domingos de Benfica
8 - Marcha de Alcântara
9 - Marcha do Bairro Alto
10 - Marcha de Belém
11 - Marcha da Boavista
12 - Marcha da Madragoa
13 - Marcha da Mouraria
14 - Marcha da Bica
15 - Marcha da Graça
16 - Marcha da Bela-Flor Campolide
17 - Marcha de Carnide
18 - Marcha do Castelo
19 - Marcha da Penha de França
20 - Marcha de Campo de Ourique
Destes
bairros apresentados a concurso, um deles será o grande vencedor. Estes vinte
bairros marcharão ( recriando as tradições imaginadas) na Av. da LIBERDADE, no
dia 12 de junho, com paragem e exibição frente ao Parque Mayer / Música, dança,
arcos e balões / Um espetáculo, bem encenado, a não perder.
FICA A INTERROGAÇÃO: Este ano qual será o bairro felizardo?
FICA A INTERROGAÇÃO: Este ano qual será o bairro felizardo?
As Festas
Populares eram manifestações culturais que espelhavam a identidade de quem as
produzia.
Os Arraiais eram comuns nas aldeias, vilas ou bairros da cidade e estavam associados ao SOLSTÍCIO de Verão, de origem Pagã. Era tradição queimar as coisas velhas, e daí a origem das fogueiras juninas.
Nos casos específicos dos bairros da cidade de LISBOA, as festividades populares não fogem à regra e têm, nas mais variadas representações, a sua identidade, no FADO, nas CEGADAS (representações teatrais de rua), nas rodas e cantares à volta da fogueira, 0nde, também, a simbologia do bairro estava presente.
A partir de fins do Sec. XVIII surge o culto do Santo António, que o Clero e o governo da cidade elegeram como patrono popular, passando S. Vicente a mero símbolo da cidade.
Apesar do contacto e interligação com outras culturas e outros hábitos, as “marcas” bairristas vão sendo representadas nas festas tradicionais da cidade onde o culto de Santo António prevaleceu. As marchas “ditas” populares que sucederam às marchas “Aux Flambeaux”, popularmente chamadas de “Fulambó” que percorriam as ruas do bairro e dos bairros adjacentes, em grandes filas, acompanhadas das bandas filarmónicas do bairro ou das designadas “troupes”( estas sim, as marcadamente de raiz popular).
Assim, as marchas populares, deixaram de o ser, ainda que aparentemente o sejam. A partir do Mês de Junho de 1932 passaram a ser um produto de folclore urbano, com obediência a regras e princípios, devidamente regulamentados e com a encenação adequada aos propósitos regimentais, como que um complemento da “CASA PORTUGUESA” de Raul Lino, é mais uma peça do puzle inserida no projecto de folclorização do Estado Novo Português.
É na sequência das comemorações do 28 de Maio, em 1932, que o “Notícias Ilustrado” no seu número especial sobre a efeméride, anuncia o 1º concurso das marchas. Um espetáculo capaz de mobilizar a atenção dos Lisboetas. No dia 12 de Junho de 1932 a sala do “Capitólio” enchia. Um êxito popular, segundo a imprensa da época.
O direc
tor do “Noticias Ilustrado” era, nem mais nem menos, José Leitão de
Barros, também realizador de cinema, promotor cultural e muito ligado a ANTÓNIO
FERRO ( “inventor” do GALO DE BARCELOS,
como símbolo nacional) o responsável pela política de PROPAGANDA do Regime,
criador do Secretariado da Propaganda Nacional. A “ideia-proposta” de Leitão de
Barros vai no sentido de satisfazer a vontade de Campos Figueira, diretor do
Parque Mayer, no sentido de criar em Junho desse ano (1932) um espetáculo capaz
de mobilizar a atenção dos lisboetas, pensado, dito e feito, caiu como sopa no
mel. Foram convidadas a participar as colectividades de cada bairro, sendo que
a produção estaria a cargo do Parque Mayer.Os Arraiais eram comuns nas aldeias, vilas ou bairros da cidade e estavam associados ao SOLSTÍCIO de Verão, de origem Pagã. Era tradição queimar as coisas velhas, e daí a origem das fogueiras juninas.
Nos casos específicos dos bairros da cidade de LISBOA, as festividades populares não fogem à regra e têm, nas mais variadas representações, a sua identidade, no FADO, nas CEGADAS (representações teatrais de rua), nas rodas e cantares à volta da fogueira, 0nde, também, a simbologia do bairro estava presente.
A partir de fins do Sec. XVIII surge o culto do Santo António, que o Clero e o governo da cidade elegeram como patrono popular, passando S. Vicente a mero símbolo da cidade.
Apesar do contacto e interligação com outras culturas e outros hábitos, as “marcas” bairristas vão sendo representadas nas festas tradicionais da cidade onde o culto de Santo António prevaleceu. As marchas “ditas” populares que sucederam às marchas “Aux Flambeaux”, popularmente chamadas de “Fulambó” que percorriam as ruas do bairro e dos bairros adjacentes, em grandes filas, acompanhadas das bandas filarmónicas do bairro ou das designadas “troupes”( estas sim, as marcadamente de raiz popular).
Assim, as marchas populares, deixaram de o ser, ainda que aparentemente o sejam. A partir do Mês de Junho de 1932 passaram a ser um produto de folclore urbano, com obediência a regras e princípios, devidamente regulamentados e com a encenação adequada aos propósitos regimentais, como que um complemento da “CASA PORTUGUESA” de Raul Lino, é mais uma peça do puzle inserida no projecto de folclorização do Estado Novo Português.
É na sequência das comemorações do 28 de Maio, em 1932, que o “Notícias Ilustrado” no seu número especial sobre a efeméride, anuncia o 1º concurso das marchas. Um espetáculo capaz de mobilizar a atenção dos Lisboetas. No dia 12 de Junho de 1932 a sala do “Capitólio” enchia. Um êxito popular, segundo a imprensa da época.
O direc
A propaganda de promoção foi intensa e a mobilização popular aconteceu.
Este projecto, apresentado como que fazendo parte da tradição, era o ideal, numa altura em que bem mais importante que veicular ideias, importava, isso sim, distrair o POVO, em cumprimento da Cartilha Cultural de ANTÓNIO FERRO.
Pouco importará se as marchas que se apresentaram no palco do “Capitólio”, em 12 de Junho, foram as do Alto do Pina, de Campo de Ourique, Bairro Alto ou Alfama, o que conta foi o sucesso popular que teve e principalmente porque foi um veículo de apoio à propaganda do regime Salazarista.
O concurso das marchas populares regressou, em força, no ano de 1934, concorreram então 12 Bairros. O Município de Lisboa chamou a si a organização e integrou-as no que designou por Festas da Cidade.
Se nos últimos anos são signo dos Santos Populares, em 1934 as marchas celebraram o 10 de Junho (como Dia da Raça); em 1940 assinalaram os Descobrimentos Portugueses; de 1941 a 1946 não desfilaram, foi o tempo da 2ª Guerra Mundial; em 1947 comemorou-se a conquista de Lisboa aos Mouros por D. Afonso Henriques e em 1973 o tema foi o Grande Desfile Popular do Mundo Lusíada.
A cidade acabou por se apropriar das marchas como símbolo de uma identidade perdida, entre o rural (Ex. m. de Benfica) mas quanto à celebração das festas e dos santos populares constitui uma novidade, acabando até por potenciar a tradição dos arraiais e dos bailes populares.
As CEGADAS, essas, foram politicamente extintas e a representação transferida para os palcos, onde o controle da censura era mais eficaz.
Desta forma, tento fazer lembrar que as “Marchas (ditas) Populares” foram uma encenação criada com objetivos concretos, tal como muito do folclore rural que foi criado (a partir dos anos 30) e que hoje representam um espetáculo que, conjuntamente com outros, fazem parte do programa das festas da cidade. Não são uma tradição cultural, mas um espetáculo em que através de simbologia própria manifesta o propósito de nos mostrar algo que tem ou teve ou poderá ter a ver com o Bairro que representam.
ARFER
Subscrever:
Mensagens (Atom)