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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

OSCAR NIEMEYER .- lembrando o HOMEM


AUTODEFINIÇÃO

Na folha branca de papel faço o meu risco.

Retas e curvas entrelaçadas.

E prossigo atento e tudo arrisco

na procura das formas desejadas.

São templos e palácios soltos pelo ar,

pássaros alados, o que você quiser.

Mas se os olhar um pouco devagar,

encontrará, em todos, os encantos da mulher.

Deixo de lado o sonho que sonhava.

A miséria do mundo me revolta.

Quero pouco, muito pouco, quase nada.

A arquitetura que faço não importa.

O que eu quero é a pobreza superada,

a vida mais feliz, a pátria mais amada.


Óscar Niemeyer

1 comentário:

  1. Além de se tornar o nome da arquitetura, um poeta.

    Bela homenagem!

    Grande abraço

    Leila

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