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terça-feira, 11 de maio de 2010






CONVERSAS DA PRAÇA 1º DE MAIO

Estavam dois homens falando
Na esquina daquela praça
Completamente alheados
Da gente que por lá passa.
Provavelmente falavam
De casos das suas vidas
Mas quando passei por eles
No espaço de um segundo,
Escutei…não foi por mal
Que a conversa afinal
Que eu pensava ser banal
Tinha um interesse profundo.
Falavam de indignidade,
Da fome que hà no Mundo.
Parei disfarçadamente
Um pouco distanciado.
Ouvi então um dizer:
“Aprovou-se o “Orçamento”
Discute-se agora o PEC
Eu penso a cada momento
Que é preciso outro PREC.
E disse o outro:
Estas crises financeiras
Maquinadas à distância
Não são mais que roubalheiras
Fruto de muita ganância
Dos donos do Capital.
Os pobres ficam mais pobres
E o desemprego aumenta
Se isto continua assim
A gente não aguenta.
Então disfarçadamente
Passo a passo dali saio.
E recordei aquele ABRIL (74)
E os cravos do mês de Maio.

ARFER

6 comentários:

  1. Paciência dos pobres, quem te conseguirá esgotar algum dia?

    Abraço.

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  2. Amigo!

    Não tinha lido este seu texto...estou bem atrasada.
    Não me leve a mal,não tenho tempo para tantos afazeres.
    Sou muito activa, dificilmente me canso, mas estou sempre a meter-me em mais coisas, causas, tudo o que me pedem e eu naturalmente gosto.
    O facto é que também tenho uma vida própria...
    Desculpe o desabafo!

    Amigo! no 24 de Abril de 1974, trabalhava eu na Foz do Douro, Porto, num escritório de uma empresa de construía estofos.
    Antes do almoço, um dos meus patrões dirigiu-se a mim e só me disse:
    - Fernanda, vou levá-la imediatamente a casa (na altura ainda não conduzia)porque há para aí uma revolução!!!
    E assim o fez.
    Quando cheguei a casa, já lá estava o meu pai para almoçar, funcionário público, e para minha alegria ele explicou-me tudo, euforicamente, com a maior alegria de sempre que lhe vi estampada no rosto!
    O resto eu vi e aprendi com os meus irmãos, o meu namorado, actual marido, e os colegas e amigos.
    Foram tempos inesquecíveis.

    Amigo, a sua primeira receita está publicada com todos os créditos que lhe são devidos no Saúde e Alimentação.

    Obrigada!

    Beijinhos

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  3. Vozes inconfundíveis se ouvem por aqui.

    Não há morte, pois a recordação é forte!

    Amo, este cantar de amor e liberdade.

    Espero por si nos meus poemas. Ainda sou pouco conhecida no google e não sei, se serei mais!

    Com carinho,

    Maria Luísa

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  4. os cravos de todos os dias, amigo.

    belo espaço, o seu.

    voltarei muitíssimo!

    abraço e admiração do
    roberto.

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  5. ADOREI.......

    Serei uma seguidora, para poder retornar.
    Aqui de New York
    Efigenia Coutinho

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  6. Gostei do blog! Gostei das palavras!

    O rico cada vez mais rico e o pobre.. ah o pobre... cada vez mais escravizado.

    BjO*

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